Terror, tribual e Laura Linney.

The Exorcism of Emily Rose peca por tentar tratar de tudo ao mesmo tempo. É um bem conseguido filme de tribunal, é um excelente filme de suspense (ou terror se preferirem), tem um elenco sem falhas significatativas a apontar mas, no conjunto, acaba por falhar redondamente. Simplesmente não consegue conjugar todos os géneros. Ora estamos com os nervos em franja dentro de uma sala de tribunal ora no momento seguinte já demos um salto da cadeira, para depois, sem termos tempo para respirar estarmos totalmente deprimidos com a fenomenal personagem construida por Laura Linney. Há também o factor "been there, seen that". Nada é novo, nada inova. É como se juntassemos O Exorcista, com a Raiz do Medo (que também tinha Laura Linney num papel de advogada.)

Há uma tentativa de que a dúvida sobre a morte de Emily Rose fique no ar, mas a verdade é que o filme é totalmente parcial e mais pendente para a explicação exotérica do que científica.

Jennifer Carpenter trás à memória a fantástica Linda Blair em o Exorcista, de tal forma que saímos com a sensação de que se o filme fosse inteiramente sobre o exorcismo teriamos ficado mais satisfeitos.